28 de setembro de 2022

Lei da Energia Solar: como funciona e mudanças na Lei 14.300

lei 14300 energia solar

Vai investir em uma das fontes de energia renovável que mais cresce no mundo? Pois então, você tem que saber também o que diz e o que muda com a Lei 14.300 — a lei da energia solar —, que é um novo  marco do segmento.

Isso vale tanto para quem pretende instalar o sistema fotovoltaico em sua residência quanto para as pessoas interessadas em investir em energia solar. Afinal de contas, estar em alinhamento com a lei vigente é determinante para curtir todos os benefícios da energia solar.

Para ajudar, preparamos um post completíssimo sobre o assunto. Com a chegada da lei de energia solar em 2022, certas questões foram modificadas, e a seguir você pode saber, exatamente, o que promete em detalhes a Lei 14.300/2022. Confira!

Afinal, o que é a Lei 14.300/2022? Entenda o contexto

Derivada do projeto de lei 5.829/2019, a nova lei da energia solar (14.300/2022) foi amplamente discutida para garantir total regulação à geração e à distribuição de energia no país.

Para isso, foram pensadas algumas mudanças que impactaram diretamente no bolso das pessoas, já que um desses aspectos diz respeito à taxação para quem gera energia por meio de painéis fotovoltaicos. Daí, inclusive, o apelido popular de “taxação do sol” que foi dado à nova legislação.

Mas vamos entender melhor o que isso significa e o impacto da lei da energia solar adiante, já que outros pontos também foram alterados e incluídos nesse contexto.

Quais eram as regras antes da sua aprovação?

Antes da lei 14300, a ANEEL ficava responsável pela definição de regras com relação à micro e minigeração distribuída de energia solar no Brasil.

Por exemplo: foi o órgão que definiu a resolução normativa para o uso de créditos na conta de luz. Nessa troca, o consumidor gerava energia a partir do sistema fotovoltaico e enviava-a à concessionária, que transformava essa quantidade em energia elétrica.

A proporção dessa conta funcionava, inclusive, de maneira simplificada: a cada 1 kWh, o consumidor recebia um 1 kWh em crédito.

Veja também: o que é a Resolução Normativa 482 da ANEEL.

O que muda após novas regras para energia solar?

Com a Lei 14.300, que foi sancionada no início de 2022, a principal mudança é que os créditos gerados passaram a ser taxados. O motivo para isso é explicado pela necessidade que as distribuidoras identificaram de cobrir despesas relacionadas à manutenção de uma infraestrutura apropriada para esse trabalho e para novos investimentos na rede elétrica.

nova lei energia solar

O impacto disso para os geradores de energia é também facilmente explicado: o excedente de energia produzida vai ser taxado por meio de um valor definido pela própria ANEEL — cujo prazo definitivo para isso é o mês de julho de 2023.

Além disso, a nova taxa também é variável conforme o modelo de geração própria de energia solar e da data de homologação do projeto. Lembrando, ainda, que as regras só começam a valer em janeiro de 2023, tendo como base os parâmetros distintos.

Nos modelos de autoconsumo remoto de até 500 kW, geração junto à carga, geração compartilhada, EMUC e fontes despacháveis, a cobrança vai ser gradual. Em 2023, a cobrança vai acontecer em um percentual de 15% até alcançar 90%, em 2028.

Para os modelos de autoconsumo remoto acima de 500 kW e geração compartilhada com 25% dos créditos, a lei da energia solar fica assim:

  • cobrança de 100% da TUSD Fio B;
  • cobrança de 40% do Fio A — e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE), além de encargos de Pesquisa e Desenvolvimento.

Vale conferir outros pontos abordados na nova lei da energia solar.

Excedente de energia

Com a nova lei 14300, é possível distribuir o excedente de energia não apenas por percentual, mas por ordem de prioridade. Ou seja: se você possui três imóveis, há como direcionar a maior parte do excedente para a propriedade que você quiser priorizar.

Custo de disponibilidade

Consumidores monofásicos também devem ficar de olho na lei 14300 de energia solar, pois as concessionárias vão praticar taxas mínimas com relação à infraestrutura de distribuição.

Ela, agora, é de 30 kW. Para consumidores bifásicos, a taxa é de 50 kW; trifásicos, de 100 kW.

Potência instalada

A maior mudança com a lei 14300 de energia solar diz respeito à minigeração distribuída. Para fontes não despacháveis, o novo limite é de 3 MW — antes, era de 5 MW.

Compensação de energia

Agora, a nova lei de energia solar atesta que um sistema de compensação parcial vai ser aplicado — o Fio B, que gira em torno de 30% do crédito injetado mensalmente.

Para a minigeração distribuída acima de 500 kW — em autoconsumo remoto ou geração compartilhada em casos específicos —, existem três modelos de compensação:

  • 100% das componentes tarifárias, que é o Fio B;
  • 40% das componentes tarifárias, que é o Fio A;
  • 100% dos encargos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).

Leia também: Projeto de eficiência energética (EE): etapas da implantação

Demanda contratada

Quem possui uma usina geradora de Mini GD remota vai observar uma mudança na tarifa de referência para faturamento da demanda contratada: em vez da tradicional TUSDdemanda, agora será pela TUSDinjeção — cujo valor ainda não foi definido pela ANEEL.

Leia também: Fator de demanda: o que é, importância e como calcular

Quais são os efeitos da nova lei para projetos fotovoltaicos?

E como ficam as pessoas que já têm ou planejam instalar um sistema fotovoltaico? Vamos entender, a seguir, como a lei 14300 de energia solar vai impactá-los, particularmente!

Para quem já possui um sistema solar

Quem já possui um sistema fotovoltaico, uma boa notícia: nada muda — ainda. Isso porque, a vida útil das placas fotovoltaicas é de 25 anos, aproximadamente. 

Assim, a legislação aponta a taxação como válida a partir de 2045, apenas. Tempo de sobra para obter o retorno do investimento e seguir acumulando todos os benefícios da energia solar sem o impacto da taxação aplicado pela lei 14300.

Para quem ainda não possui sistema solar

Quem ainda não possui um sistema de energia solar, a hora é agora. Isso porque, a lei 14300 de energia solar só entra em vigor a partir de 6 de janeiro de 2023.

Então, aí vai a dica: se você está planejando investir em energia solar, o momento de aproveitar as “regras antigas” é agora, pois após a data acima, a nova lei 14300 vai entrar efetivamente em vigor.

lei energia solar

Como ocorrerá o período de transição?

Apenas reforçando o que vai acontecer nesse período de curto, médio e longo prazo após a chegada da nova lei de energia solar. 

Se você já tem um fotovoltaico sistema instalado, os benefícios acordados permanecem até o ano de 2045, sem nenhuma mudança.

Quem ainda não possui o sistema fotovoltaico instalado, recomendamos que o seu período seja protocolado até o dia 5 de janeiro de 2023, pois as novas regras vão entrar em vigor no dia seguinte. 

Para quem tem autoconsumo remoto superior a 500 kW ou geração compartilhada com mais de 25% de créditos, as mudanças já ocorrem em janeiro de 2023.

Aí, vale também observar como serão aplicadas as taxas nos próximos anos:

Contudo, Joel e Mônica ainda não sabem se vão conseguir fechar negócio ainda este ano. Por isso, decidiram pesquisar sobre o que ocorrerá a partir de 2023. 

Eles descobriram que foram definidos percentuais com crescimento gradativo da taxa a cada ano, conforme informado na descrição da lei: 

  • 15% a partir de 2023;
  • 30% a partir de 2024;
  • 45% a partir de 2025;
  • 60% a partir de 2026;
  • 75% a partir de 2027;
  • 90% a partir de 2028.

Benefícios do Marco Legal para o mercado de energia solar

Aqui, você deve estar se perguntando se a taxação tem algum benefício para o consumidor ou para o mercado de energia solar, como um todo. E entendemos que alguns fatores podem ser analisados positivamente, como:

  • mais segurança jurídica porque, agora, existem parâmetros específicos para regular o setor;
  • mais inclusão social a partir do Programa de Energia Renovável Social (PERS), que foca no financiamento de geração fotovoltaica para consumidores de baixa renda;
  • maior proteção com o fim de eventuais cobranças em duplicidade;
  • facilidade para distribuir os créditos de energia solar acumulados para outras propriedades;
  • bandeiras tarifárias não vão incidir sobre a energia excedente — apenas sobre a energia elétrica consumida.
como ficou a taxação de energia solar

Além disso, o futuro promete novas possibilidades de diálogos sobre a venda dos créditos energéticos excedentes. Portanto, com mais regulação e atenção sobre o tema, novas oportunidades tendem a surgir. E a lei 14300 de energia solar abriu essas janelas.

Aproveite o melhor momento para investir em solar energia

A nova lei da energia solar vai mudar muita coisa. Mas também é interessante observar que o futuro é promissor para todos que usufruem, de alguma maneira, dessa fonte de energia renovável.

E se você ainda tem interesse de investir em energia solar, mas precisa entender melhor os impactos da nova lei 14300 e os benefícios que você vai adquirir com esse investimento, nós podemos ajudar!

Comece entrando em contato conosco e solicite um orçamento para o seu projeto!

 

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