Todo empreendimento (residencial, comercial ou industrial) necessita de um bom planejamento de fator de demanda. Afinal, é por meio dele que se obtém a média de consumo para garantir que sua propriedade consegue suprir todas as necessidades de consumo de energia elétrica em determinado período.
Mas qual é a relevância disso e, principalmente, como se calcula o fator de demanda? Ao longo deste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Acompanhe, conosco!
O que é o fator de demanda?
O fator de demanda está presente na Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Seu conceito se define como a razão entre o máximo de demanda de potência que é registrado em um intervalo específico de tempo em relação com a potência instalada nessa unidade consumidora de energia elétrica.
A ideia em geral da sua aplicação se deve ao dimensionamento de instalações elétricas em imóveis considerando não o uso de todos os equipamentos eletroeletrônicos simultaneamente, mas por meio de um cálculo que permite acomodar o projeto e o dimensionamento de comércios e também de empreendimentos industriais, entre outros..
Dessa maneira, o que acontece é que a potência instalada tende a ser maior do que a potência de alimentação aplicada na instalação, que acaba sendo a demanda máxima de potência aplicada especificamente no pico da curva de carga.
E por que isso é feito, você pode se perguntar: com base em uma determinação precisa da potência de alimentação, a medição do fator de demanda oferece uma revisão segura e econômica de toda a instalação elétrica, resumindo-se em:
- controle de custos, evitando despesas elevadas e desnecessárias;
- melhor uso aplicável aos equipamentos, como é o caso de geradores, transformadores e os condutores, entre outros.
Outro ponto interessante a ser analisado sobre o assunto é que ainda deve-se considerar o potencial de aumento de carga. Com isso, você evita que a sua propriedade tenha que trocar constantemente (ampliada, por exemplo) em intervalos curtos de tempo.
Fator de potência e fator de demanda: entenda as diferenças
Com base no conceito do fator de demanda, podemos aproveitar para distingui-lo de outra peça-chave nesse aspecto de instalações, como é o caso do fator de potência.
Para tanto, vamos explicar a sua conceitualização também: o fator de potência é o número que se obtém a partir da relação da potência total de uma instalação e a sua potência ativa.
Isso tudo, sempre considerando o cálculo por meio de um específico intervalo de tempo analisado. Esse valor registrado vai ser conhecido como Potência Total ou Aparente.
Além disso, a representação do fator de potência acontece em uma escala que vai ser apontada por um número entre 0 e 1. Isso acontece nas seguintes circunstâncias:
capacitivo ou indutivo, sempre levando em consideração o consumo de energia.
E como o fator de potência funciona aqui no Brasil? Basicamente, o fator de potência registrado no país tem valores de referência para o cálculo em hora em hora, enquanto seu número referencial é 0,92.
Dessa forma, é importante seguir o valor à risca por que pode ocorrer uma penalização pod baixo fator de potência se, em qualquer momento de registro em um mês, o registro estiver abaixo do valor de referência.
Como calcular o fator de demanda?
Para aprender a calcular o fator de demanda podemos usar um exemplo para que sua aplicação e registro fiquem mais fáceis de diagnosticar.
Com isso, vamos imaginar uma residência que tenha a potência de instalação na casa de 7 kW. E, além disso, a demanda de energia gira em torno de 5 kW e 6 kW — que acontecem nos períodos diurnos e noturnos, respectivamente. Desse cálculo podemos extrair:
- no período da manhã, o fator de demanda é calculado em 5 kW / 7 kW. Isso dá um fator de demanda calculado de 0,71;
- no período da noite, o fator de demanda é calculado em 6 kW / 7 kW. Isso dá um fator de demanda calculado de 0,86.
Dessa forma, a demanda da residência que usamos como exemplo sempre deve contar com um fator de demanda alinhado com o registro máximo. Ou seja: a partir do maior valor numérico que, aqui, é igual a 0,86.
Também podemos reforçar a importância do cálculo do fator de demanda porque a precisão no projeto evita que você tenha custos elevados e ainda protege sua propriedade do subdimensionamento e o desligamento em decorrência da sobrecarga.
E é bem relevante citar, ainda, o alinhamento com o uso de cabos, e que todo esse processo fica mais seguro e otimizado se você seguir algumas tabelas de fator de demanda.
Motivos para monitorar o seu perfil de consumo e calcular o fator de demanda
Hoje em dia, temos boas soluções tecnológicas que são capazes de manter o monitoramento de dados de consumo em alinhamento com a sua demanda de operação.
Ter uma análise detalhada da evolução de sua demanda - tanto durante o dia quanto à noite - é importante, sem mencionar.
Como vínhamos destacando, isso é um diferencial e tanto para que você consiga avaliar, precisamente, os dados e obter números confiáveis em fator de demanda e também no fator de carga.
É isso, entre outros fatores, que condizem com uma gestão de energia de excelência no seu estabelecimento. Tudo porque, ao conhecer o seu perfil, sua potência e o consumo médio, é possível otimizar de modo contínuo toda a relação com o consumo de energia elétrica no período em que quiser analisar.
Como veremos a seguir, você pode ir além e realizar dois importantes processos de avaliação com uma boa análise.
Análise da demanda contratada
Para saber se a demanda contratada está de acordo com o seu próprio perfil de consumidor de energia, faça uma análise do perfil e calcule o fator de demanda. Isso o ajudará a evitar o desperdício de recursos, como já mencionamos.
É, inclusive, esse um ponto-chave de implementação do Mercado Livre de Energia.
Leia mais: o que é e como funciona o Mercado Livre de Energia
Enquadramento tarifário adequado
A análise de dados e o alinhamento com seu perfil e fator de demanda resultarão em um alinhamento preciso, rápido e eficiente com a modalidade de tarifa que mais se alinha às necessidades operacionais de sua empresa.
Fator de Simultaneidade: o que é?
Calculando a razão entre a energia consumida e a energia gerada em um período específico de tempo, obtém-se o fator de simultaneidade.
Para que isso seja possível, calcularemos a curva de carga típica de sua unidade, permitindo um diagnóstico ainda mais preciso de seu perfil de consumo como cliente.
Um exemplo disso, e como mostramos anteriormente, é a mudança de consumo de horários determinados. Para uma empresa, pode ser o horário de expediente como o período de maior pico de consumo, enquanto a noite esse valor cai significativamente.
Por isso é tão relevante estar em alinhamento com o fator de demanda e outros termos que exploramos ao longo deste artigo. Convidamos você a clicar aqui e conhecer todas as soluções da Maya Energy para empresas!
Conclusão
Neste artigo, exploramos o conceito de fator de demanda e seu uso preciso na avaliação da demanda de energia e da potência instalada em sua unidade consumidora de eletricidade.
Ressaltamos que é de grande importância evitar o sub ou superdimensionamento do projeto, minimizando qualquer tipo de imprevisto.
Conte conosco, se estiver à procura de soluções empresariais para valorizar ainda mais a sua gestão de energia!