É incomensurável a potência energética do sol. E pensar que, mesmo a milhares de quilômetros, ainda aquece a Terra de modo satisfatório é de se causar, no mínimo, respeito e admiração, tanto por seu Criador quanto pela criação magnífica. Mas, a pergunta que não quer calar: com toda essa força diária e de graça, por que quase toda energia do mundo ainda advém de fontes sujas e degradantes? Bom, isso é assunto para uma outra conversa. Primeiro, vamos saber tudo sobre energia solar!
O sistema de utilização da energia solar usa placas de alta captação de luz, captando o calor do sol e transformando-o em correntes elétricas contínuas, que são convertidas em correntes alternadas por um inversor e, depois, distribuídas para suas respectivas finalidades.
Há 3 tipos de projetos de manipulação da energia solar: o fotovoltaico, o térmico e o heliotérmico. No primeiro, como o nome sugere, há geração de voltagem; de eletricidade. No segundo, os raios do sol são destinados ao aquecimento de líquidos. E no terceiro, além das funções térmicas, também utiliza vapor para mover turbinas.
No Brasil, os constantes reajustes nas tarifas de energia assustam o consumidor, mas quando busca a alternativa solar para resolver o problema, a princípio toma um susto ainda maior. Isso porque os projetos mais simples necessitam de investimentos com valor médio de 20 a 30 mil reais. Portanto, logo se vê que não é questão de mera troca de fonte, mas de uma situação que visa o médio/longo prazo para obter a compensação econômica desejada. Contudo, quem faz essa opção comprova que vale muito a pena.
O sol nasce todo santo dia e, em condições normais, fornece sua luz por 12h. Trata-se da fonte de energia mais limpa do mundo, além de gratuita, sem que ninguém tenha de fazer o mínimo esforço para obtê-la.
O Brasil, assim como tantos países tropicais, tem o privilégio de ter dias ensolarados praticamente o ano inteiro. A quantidade de energia que se poderia obter com isso é inimaginável, e de forma limpa, sustentável, sem arrasar a região onde se implanta seu sistema de manipulação de energia, como é o caso das barragens de hidroelétricas, das minas de carvão e gás, dos combustíveis fósseis etc.
E por falar em sustentabilidade, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, o país possui em torno de 70% de sua fonte de energia baseada em construções hidroelétricas. Por isso mesmo é que ainda vemos, infelizmente, tragédias como a de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, com desabamento de barragens e represas, ceifando vidas humanas e animais, fora o desequilíbrio da fauna e flora local.
No final de 2020, o Estado do Amapá, que tem sol praticamente o ano inteiro e não usa isso a seu favor, justamente por depender de matrizes hidroelétricas para obter energia, passou quase um mês inteiro no escuro. Um absurdo isso ocorrer em pleno Século XXI, com o ser humano sabendo o que sabe, tendo disponível tanta tecnologia à mão e, sobre si, o astro rei, que diariamente doa sua radiação, gratuitamente, para ser trocada por desvio de rios e represamento.
Depois de instaladas as placas solares (módulos fotovoltaicos) sobre sua residência ou em alguma parte do quintal, não há com o que se preocupar, em relação a resíduos ou ruídos. Trata-se de um sistema totalmente silencioso e limpo.
O processo fotovoltaico é totalmente fotoquímico e não faz uso de nenhuma engrenagem mecânica na geração de eletricidade. Zero poluição, barulho ou ocupação demasiada de espaço.
Nada de projetos de alvenaria próprios, lugares especiais etc. Da visita de um técnico à instalação o prazo não costuma ultrapassar três dias.
Normalmente, os módulos são instalados nos telhados, que já possuem estrutura para recebê-los. Em alguns casos usa-se pequenas adaptações para fixação das placas, mas nada complicado.
Os aparelhos são muito intuitivos e a utilização é imediata.
Manutenções corretivas ou preventivas dos painéis são poucas e simples, de modo geral. Lavagem das placas a cada seis meses, caso haja necessidade (excremento de bichos ou poluição, o que é raro). Assim sendo, um pouco de água e um pano macio ou uma vassoura suave resolvem. Em situações normais, higienização uma vez ao ano é suficiente.
Além dessa, a verificação do sistema elétrico pode ser feita uma vez por ano, por um técnico. Pronto! Nada mais que isso.
Um sistema de energia solar bem cuidado pode durar mais ou menos 25 anos, com 100% de sua capacidade. Após esse período pode haver decaimento de 10% a 20%, mas gradualmente. Esse lastro temporal ratifica a inconteste vantagem de se ter uma fonte de eletricidade como essa.
Geralmente, um projeto médio é pago em seis ou sete anos. A partir daí, pelos próximos vinte anos, no mínimo, é só economia com contas de luz, porque elas simplesmente não existirão.
Há quem diga que não é todo mundo que tem 20 mil para destinar a um sistema de energia solar residencial. Certo! Mas quem é que, em tempos atuais, vive em uma cidade e não consome eletricidade em sua casa? Ninguém! E todo aquele que possui luz em seu lar, paga caro por esse serviço e faz isso todo mês. Agora ponha todos os holerites na ponta do lápis, faça os cálculos levando em consideração um prazo de 8 a 10 anos. Veja se não chega ou ultrapassa o valor de um projeto de energia limpa e sustentável.
E vale lembrar que você, ao optar pela energia solar, fará uso do sistema por mais ou menos 30 anos. Sinceramente, não tem como comparar com outras fontes sujas. É inegável que o sol foi, é e sempre será o vencedor inalcançável em todo comparativo dessa natureza.
Analise essas informações, tome sua decisão e compartilhe esse texto com outros, para que mais pessoas possam se beneficiar com essas vantagens e, por consequência, contribuir com a preservação do ambiente em que habitam.
Rafael Pessoa Sabino