A limpeza de placa solar regular é fundamental para garantir o desempenho máximo e a longa vida útil. 1 2 Com o tempo, a sujeira, poeira e detritos se acumulam nos módulos, reduzindo significativamente a eficiência na captação de energia solar e, consequentemente, a produção de eletricidade. 1 2 Uma limpeza periódica com detergente neutro e técnicas adequadas é essencial para remover esses contaminantes e manter os painéis fotovoltaicos operando em seu potencial máximo, maximizando os benefícios financeiros do investimento em energia solar e prolongando a vida útil do sistema. 1 2 5
Este artigo explorará o impacto da limpeza regular de placas solares na produção de energia, destacando a importância da manutenção preventiva, os métodos recomendados para limpeza e segurança no trabalho, bem como os benefícios comprovados desse processo para a geração de energia e longevidade do sistema fotovoltaico. 1 2 5
A sujeira encontrada na superfície dos módulos fotovoltaicos impacta diretamente a geração energética. 3 9 A sujeira leva a uma redução da irradiação solar absorvida pelas células que compõem o módulo fotovoltaico, podendo em casos extremos causar sombreamento parcial, pontos quentes e, consequentemente, um estresse térmico nas células que pode contribuir para o desenvolvimento de microfissuras. 3 9 10
A sujeira reduz a irradiação solar efetiva devido à absorção, dispersão e reflexão por contaminantes presentes na superfície do módulo FV. 4 Na curva I-V, o parâmetro mais afetado é a corrente do módulo FV, já que a sujeira não permite que a irradiação incida sobre a superfície do módulo, sendo proporcional à corrente gerada. 4 O sombreamento parcial, quando as sombras incidem somente em uma parte dos módulos, modifica o comportamento elétrico do sistema fotovoltaico e pode levá-lo a um ponto de operação de baixa potência, reduzindo bastante a geração de energia. 5 6
O ponto quente ocorre quando uma célula do módulo fotovoltaico opera com temperatura anormal, esta anomalia degrada os módulos e em eventos extremos podem provocar incêndio inesperado em sistemas fotovoltaicos. 7 Casos graves de pontos quentes em células solares resultaram em mau funcionamento dos sistemas que alguns casos podem ser irreversíveis, além disso danos no vidro de células tornam-se comuns e impactam negativamente no desempenho do sistema. 7 A sujeira pode ocasionar o superaquecimento das células quando depositada de forma concentrada em alguns pontos. 3 9
As células rachadas podem causar pontos quentes e áreas sem geração, que reduzem a eficiência do módulo e aceleram seu processo de degradação. 10 As microfissuras nas células são as causas mais comuns de hotspots depois das sombras e sujeiras. 10 O estresse térmico nas células devido à sujeira pode contribuir para o desenvolvimento de microfissuras. 3 9
A quantidade de sujeira que se deposita nos módulos fotovoltaicos pode variar significativamente de acordo com vários fatores ambientais. O tipo de solo, a umidade relativa, a incidência de ventos e chuva, a vegetação circundante e até mesmo a proximidade de áreas industrializadas ou de alta circulação de automóveis podem influenciar na taxa de deposição de sujeira. 13 Esses fatores complexos significam que a sujeira pode ser um problema mais grave em algumas regiões do que em outras.
É importante monitorar regularmente o desempenho do sistema para identificar possíveis problemas ou falhas antes que se tornem mais graves. 16 Existem sistemas de monitoramento que podem ser instalados para facilitar esse processo. 16 Além disso, é fundamental realizar a manutenção preventiva regularmente, seguindo as recomendações do fabricante, o que inclui a limpeza dos painéis solares. 16
Um estudo realizado pelo Centro Universitário de Patos de Minas ilustra como a sujeira pode afetar a geração de energia de um sistema solar. Durante um período de dois meses, painéis solares operando sem manutenção regular apresentaram uma perda de geração de cerca de 15,5%. 13 Isso ressalta a importância da limpeza e manutenção constantes para garantir o desempenho ideal dos sistemas fotovoltaicos.
De acordo com os manuais dos principais fabricantes, os materiais e ferramentas recomendados para a limpeza dos painéis solares incluem panos macios secos ou úmidos, esponjas, escovas com cerdas macias e água limpa. 19 Não se deve utilizar solventes corrosivos, objetos rígidos, ferramentas de metal como lâminas, facas, lã de aço ou outros materiais abrasivos, pois podem riscar ou danificar a superfície dos módulos. 19 20
Além disso, não é recomendado o uso de água com alto teor de minerais ou soluções corrosivas de limpeza que contenham ácido hidrofluorídrico, substâncias alcalinas, acetona ou álcool industrial, pois podem remover a camada de tratamento anti-reflexivo do vidro, causando manchas e perda de geração de energia. 19 23 24
As fabricantes orientam que a limpeza dos painéis deve ser realizada por uma equipe treinada, utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados. 19 21 É recomendado programar a limpeza em dias nublados, nas primeiras horas da manhã, final da tarde ou à noite, evitando lavar os módulos quando estiverem muito quentes para prevenir choques térmicos. 21
Quanto à utilização de máquinas de limpeza pressurizadas, as recomendações variam entre fabricantes. A Risen e a ZNShine Solar recomendam que a pressão da água não exceda 700 kPa (7 bar), enquanto a JA Solar indica pressão inferior a 690 kPa (6,89 bar). 19 Já a Canadian recomenda pressão máxima de 4.000 kPa (40 bar), e a BYD, até 5.000 kPa (50 bar), visando evitar danos à superfície de vidro e perda de transparência. 19
Alguns erros comuns a evitar durante a limpeza incluem: pisar ou apoiar-se sobre a superfície de vidro dos módulos; utilizar materiais abrasivos, produtos de limpeza ácidos ou alcalinos; realizar a limpeza a vapor ou com ferramentas aquecidas; e limpar painéis danificados, lascados ou trincados. 20 23 25
Outro erro é negligenciar as precauções de segurança, como não utilizar equipamentos adequados para trabalhar em altura ou em telhados inclinados, aumentando o risco de quedas ou acidentes. 25 É fundamental seguir as instruções do fabricante e adotar todas as medidas de segurança necessárias durante o processo de limpeza. 19 21
Leia também: Limpeza de placa solar: Qual a frequência ideal?
A limpeza regular dos módulos fotovoltaicos tem um impacto significativo na geração de energia. Estudos mostram que a sujeira pode reduzir a eficiência dos painéis em até 25%. 29 30 Após a limpeza, foi observado um aumento de até 12,08% na produtividade em comparação com o período anterior. 31 Analisando dados mensais, houve uma variação de 3,04% na geração entre janeiro e maio, mas comparando maio com julho (após a limpeza), o aumento foi de 12,08%. 31
A limpeza regular não apenas preserva a eficiência e funcionalidade dos sistemas solares, mas também assegura um desempenho ótimo e constante, economizando dinheiro a longo prazo. 29 Os custos de manutenção profissional, incluindo limpeza, variam de R$350 a R$1.500, mas a energia adicional gerada por painéis limpos pode compensar esses gastos, tornando a manutenção preventiva uma escolha econômica inteligente. 29
Um estudo analisou o impacto da sujidade em um sistema dimensionado para gerar cerca de 450 kWh/mês. 32 Observou-se que 10% de perda devido à sujeira equivale a 540 kWh a menos gerados anualmente, o mesmo que deixar o sistema desligado por um mês inteiro. 32 Sem limpeza, esse percentual de perda tende a aumentar com o acúmulo de sujeira. 32
A conclusão final deste artigo é:
Em resumo, a limpeza regular das placas solares fotovoltaicas é fundamental para garantir o desempenho ideal e máxima produção de energia do sistema. A acumulação de sujeira, poeira e detritos nas superfícies dos módulos pode resultar em perdas significativas na geração de eletricidade, reduzindo os benefícios financeiros do investimento em energia solar. Além disso, a sujeira pode causar danos mais graves, como o desenvolvimento de pontos quentes, sombreamento parcial e microfissuras nas células fotovoltaicas, acelerando a degradação e diminuindo a vida útil do sistema.
Por essas razões, a manutenção preventiva por meio da limpeza regular é altamente recomendada, seguindo as melhores práticas e procedimentos orientados pelos fabricantes. Embora envolva alguns custos, a limpeza periódica traz benefícios econômicos consideráveis a longo prazo, maximizando a geração de energia e preservando o desempenho ideal dos painéis solares fotovoltaicos ao longo de sua vida útil projetada.
A instalação de um sistema fotovoltaico requer cuidado, conhecimento e planejamento para garantir seu sucesso. Não basta apenas utilizar equipamentos de qualidade, é preciso seguir os processos corretos e tomar os devidos cuidados durante toda a instalação. Neste artigo, vamos explorar as dicas dos especialistas Evandro Cahino e Lucas Montenegro, fundadores do Café Solar, para garantir que todos os passos da instalação sejam realizados de forma eficiente e eficaz.
De acordo com Evandro Cahino, o primeiro passo para a instalação do sistema fotovoltaico é receber os equipamentos e obter a aprovação do projeto. Contudo, com o projeto aprovado, é possível começar a estruturar a usina, começando pela fixação dos perfis. Os módulos solares são fixados em perfis de alumínio, e dependendo do tipo de telhado ou solo, podem ser utilizados estruturas diferentes.
No caso de instalações em telhados de fibrocimento, é crucial demarcar com precisão o local onde os parafusos serão inseridos, garantindo o dimensionamento adequado das distâncias entre os ganchos e os parafusos. Essas informações devem ser comunicadas ao instalador.
Após iniciar a estruturação e fixação dos perfis, é possível fazer a proteção dos módulos solares de forma alinhada, fixando-os nos perfis e inserindo os grampos intermediários e finais.
O próximo passo é conectar os módulos em série e obrigação com a parte elétrica da instalação. Portanto, nesse momento, os eletrodutos são designados para a saída de corrente contínua, chegando ao inversor e ao cabo de aterramento, tanto nas estruturas quanto nos locais específicos dos módulos.
Em seguida, o inversor é montado na parede e as conexões de corrente contínua são realizadas conforme o projeto pré-estabelecido.
Leia também: Equipamentos necessários para instalar um sistema de energia solar
Segundo Lucas Montenegro, é fundamental que as equipes de instalação sigam as normas reguladoras e utilizem adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI). Muitos instaladores negligenciam o uso de capacetes, luvas e ferramentas adequadas, o que pode comprometer a segurança durante a instalação.
O engenheiro inicia a instalação garantindo a conformidade regulamentar e o uso das vestimentas e ferramentas adequadas. Portanto, é necessário ter um amplo conhecimento, pois o trabalho com energia não é simples e exige cuidados. É crucial que o uso correto do EPI seja obrigatório e não subestimado.
Montenegro também destaca a importância da visita técnica para avaliar o telhado, analisar o sombreamento e outras questões. A comunicação com a equipe de instalação também é fundamental, pois a abertura e o diálogo constante são oportunidades de aprendizado e crescimento tanto para os engenheiros quanto para os instaladores.
Evandro Cahino ressalta que a qualidade do projeto é chave para uma instalação de sucesso. Contudo, um projeto detalhado e bem elaborado é essencial para o instalador, facilitando a tomada de decisões importantes durante a obra e automatizando os processos. Isso agiliza a instalação, redução de riscos e custos.
Lucas Montenegro destaca a importância de fornecer aos clientes um relatório mensal de geração de energia. Muitas empresas do setor disponibilizam o acesso a essas informações. Acompanhar e monitorar o desempenho da usina é fundamental, permitindo identificar possíveis falhas e realizar visitas técnicas para manutenção.
No pós-venda da energia solar, é importante que os clientes estejam atentos às informações fornecidas sobre transações de energia, tais como dados sobre geração, consumo e créditos excedentes. O monitoramento da usina possibilita a realização de manutenções preventivas e ajuda a evitar problemas futuros. Contudo, também é essencial orientar o cliente sobre como monitorar a geração de sua usina, seja por meio de um aplicativo de inversor ou por outras formas de monitoramento.
Para quem está ingressando no mercado fotovoltaico, a equipe do Café Solar recomenda uma consulta de estudos da Greener. Essas pesquisas oferecem um panorama importante para o integrador, com um ranking das principais distribuidoras utilizadas. É fundamental realizar um estudo de mercado, não apenas para os clientes, mas também para os próprios integradores.
Evandro Cahino dá duas dicas importantes nesse sentido:
Lucas Montenegro acrescenta que é importante considerar a localização do centro de distribuição do fornecedor. Isso pode impactar a negociação com o cliente, em termos de prazos e preços.
Segundo a equipe do Café Solar, uma das novidades mais interessantes no mercado é a evolução das potências dos módulos solares. Antes, as empresas utilizavam módulos de 335W e 350W, mas agora elas estão buscando módulos de 450W em parceria com as distribuidoras.
Outra tecnologia em destaque é o módulo bifacial, que possui uma parte inferior produzida com material de vidro. Isso permite aproveitar a radiação direta na parte superior e a radiação refletida na parte inferior. Essa tecnologia tem se tornado cada vez mais presente no mercado.
Além disso, há expectativa de que outras tecnologias de módulos, como as células solares multijunção, ganhem mais espaço no mercado. Apesar disso, também é possível observar um aumento na produção de inversores por diferentes fabricantes, assim como o crescimento do mercado de carros elétricos, que demandam energia para o carregamento.
O investimento em pesquisa e desenvolvimento na área de energia solar fotovoltaica é constante, resultando em um aumento na potência dos módulos e redução dos custos ao longo dos anos. A democratização da Geração Distribuída é uma tendência, impulsionada pela queda nos preços e pela evolução tecnológica.
Em resumo, garantir o sucesso na instalação de um sistema fotovoltaico envolve seguir os processos corretos, utilizar os equipamentos adequados, estar regulamentados, comunicar-se de forma eficiente com a equipe de instalação e monitorar a usina após a instalação. Portanto, a escolha do fabricante certo de inversor também é fundamental para oferecer um sistema de qualidade aos clientes. E, por fim, estar atento às novidades e tendências do mercado é essencial para se manter atualizado e oferecer as melhores soluções aos clientes.
Muitos proprietários de casas estão optando por instalar sistemas de energia solar em suas residências devido ao crescente interesse em energia renovável. No entanto, surge a dúvida: Preciso desligar o sistema de energia solar quando viajo?
Este artigo abordará o dano potencial de desligar o sistema solar e os benefícios de mantê-lo ativo em períodos de baixa demanda.
É importante entender como o sistema de energia solar funciona antes de discutir se é necessário desligá-lo quando estiver viajando.
Primeiramente, deixar o sistema de energia solar ligado mesmo durante períodos de baixo consumo gera mais créditos para a Unidade Consumidora.
Manter o sistema de energia solar ligado continuamente pode evitar esses custos adicionais, que podem ser gerados pela reinicialização do sistema após um período de desligamento e resultar em maior consumo de energia devido aos custos de reinicialização. Isso também pode evitar o desgaste dos componentes do sistema, o que pode levar a custos de manutenção e reparo a longo prazo.
Portanto, manter o sistema de energia solar ligado durante a viagem contribui para reduzir a pegada de carbono, pois depende de fontes de energia renováveis e minimiza as emissões de gases de efeito estufa, ao contrário de depender da rede convencional quando o sistema de energia solar está desligado.
Embora seja recomendável manter o sistema de energia solar ligado durante as viagens, há algumas situações em que é aconselhável desligá-lo. Um exemplo é quando os painéis solares precisam de limpeza ou manutenção. Nesses casos, é importante seguir as instruções do fabricante e desligar o sistema adequadamente antes de iniciar os procedimentos.
Entretanto, os consumidores não precisam tomar precauções extras durante os períodos em que não estão em casa. Empresas especializadas, como a Maya Energy, realizam projetos e instalações dentro dos padrões e com as melhores práticas possíveis, garantindo a segurança e a confiabilidade do sistema.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) no Brasil para sistemas de energia solar fotovoltaica que se enquadram na categoria de geração distribuída. O sistema está incluído no Marco Legal da Geração Distribuída e é regulamentado pela Resolução Normativa 482/2012.
Assim, a propriedade pode consumir a energia produzida pelos painéis solares por meio desse sistema simultaneamente. Se houver excedente de geração ou não houver consumo, o sistema injeta essa energia excedente na rede elétrica, gerando créditos que podem ser compensados na conta de luz. Essa compensação reduz o valor final da conta de luz, trazendo mais economia para o consumidor.
Não desligue energia solar em viagens. Acumule créditos, evite custos e desgaste, além de promover energia renovável ao manter o sistema ligado.
Portanto, você deve manter o sistema de energia solar ligado continuamente, com exceção das situações de limpeza e manutenção, para colher os benefícios da energia solar, contribuir para a sustentabilidade e reduzir os custos de eletricidade.
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